domingo, 3 de abril de 2011

Cinzas

A bola azul parou de girar. As borboletas se foram, o horizonte se apagou, o ar se dissolveu, a chama se extinguiu. Não se ouvia mais o barulho, nem o silêncio. O chão desmoronou, as palavras se quebraram. O vazio se partiu.


As lembranças não eram mais reais. Todos os caminhos haviam se perdido.
As feridas foram mutiladas, os espelhos foram quebrados, a luz foi apagada.
As asas da fênix jaziam sob os escombros do muro que desabara.
Mas as cinzas permaneceram.

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